Ocupados que andávamos com as prendas, bolos-rei e quejandos, nem demos pela morte, dia 24, de Edward Schillebeeckx, um teólogo progressista holandês e um dos últimos sobreviventes do Concílio Vaticano II no qual aliás conheceu Ratzinger, o pastor alemão, do qual afirmou "já na altura havia nele algo que não me agradava. Nunca falava nas reuniões". O tempo encarregou-se de revelar como Ratzinger pouco devia ter para dizer no decurso do Vaticano II.
Foi igualmente Schillebeeckx que à tradicional forma vulgarizada pela cúria de que "Fora da Igreja não há Salvação", contrapôs a muito mais inclusiva fórmula de que "Fora do Mundo não há salvação".
Foi igualmente um defensor do diálogo de culturas.
O seu pensamento moderno valeu-lhe, entre 1968 e 1984, três processos por parte da Congregação para a Doutrina da Fé, a herdeira da velha Inquisição.
Para além da sua mensagem de justiça, tolerância e compreensão do progresso do mundo e das sociedades, deixa-nos a Revista Internacional de Teologia Concilium que fundou juntamente com outros teólogos progressistas.
A sua obra merecia ser mais conhecida, por muito que isso custe a alguns sectores da Igreja Católica.
A sua obra merecia ser mais conhecida, por muito que isso custe a alguns sectores da Igreja Católica.
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